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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Pílula do dia seguinte atrasa menstruação?

Pílula do dia seguinte atrasa menstruação? Há risco de gravidez?
Veja como ciclo muda


Seja pelo rompimento da camisinha ou pelo esquecimento do anticoncepcional, o contraceptivo de emergência é um método muito procurado e eficaz para evitar gestação. No entanto, após o uso é muito comum surgirem dúvidas geralmente relacionadas ao medo de engravidar, como "Tomar pílula do dia seguinte atrasa menstruação?" ou "Se não descer, estou grávida?".
Você já passou para isso? Para esclarecer de vez, conversamos com o ginecologista Élvio Floresti Junior.

Como age a pílula do dia seguinte?

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A pílula do dia seguinte não é abortiva pois atua diretamente no endométrio, que é a camada que reveste o útero, antes mesmo da fecundação do óvulo. Composta por altas dosagens do hormônio levonorgestrel, um derivado da progesterona, ela torna o muco cervical - líquido espesso presente no colo do útero que o espermatozoide atravessa para encontrar o óvulo -, hostil, dificultando a penetração e a implantação do óvulo. Além disso, esse contraceptivo pode alterar ou atrasar a ovulação, caso ela ainda não tenha ocorrido.
Vale lembrar que o hormônio não tem efeito algum após a fecundação, já que não é capaz de interromper uma gravidez já existente.

Quando tomar?

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O uso do contraceptivo de emergência é indicado após relação sexual desprotegida, como em casos de preservativo rompido, falha no coito interrompido ou quando a mulher não tomou seu anticoncepcional tradicional por mais de três dias.
O ideal é tomá-lo o mais rápido o possível, tendo como prazo limite 72 horas após o sexo sem proteção. No entanto, quanto antes a pílula for tomada, maior a eficácia: se usada em até 24 horas depois do episódio, a chance de evitar gravidez é de 90 a 95%.

Em quanto tempo a pílula do dia seguinte atrasa menstruação?

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De acordo com o especialista, a ação do hormônio progesterona dependerá da fase do ciclo menstrual. "Se for tomada na primeira fase do período, que dura em média 12 dias, provavelmente a mulher demorará a menstruar. Já se for tomada na segunda ou terceira fase é possível que haja um sangramento após dois ou três dias da tomada da pílula", explica.
De acordo com as bulas de diversas marcas de pílulas do dia seguinte, muitas vezes esse sangramento após o uso é um escape de pouco sangue e da cor marrom.
Assim, vale a máxima: caso o sangue menstrual não venha até uma semana após a data prevista (independente de ter tomado a pílula de emergência) há chance de gravidez. Na dúvida, procure um ginecologista."
Todavia, é importante lembrar que a ação da pílula do dia seguinte não acumula, ou seja, não previne gravidez em caso de outras relações desprotegidas. Além disso, ela não protege de doenças sexualmente transmissíveis. Portanto, não esqueça do preservativo.

Por que afeta o ciclo menstrual?

O ginecologista Élvio Floresti Junior explica que a menstruação acontece devido à queda da quantidade de hormônio progesterona no corpo. Como a pílula do dia seguinte abriga uma dosagem alta, o ciclo menstrual pode se desregular.

Contraindicação e efeitos colaterais

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A pílula do dia seguinte é uma bomba de hormônio que só deve ser usada em situações de emergência e nunca frequentemente. Por ter cerca de 15 vezes mais progesterona que o anticoncepcional tradicional, causa efeitos indesejados como enjoo, mal-estar, cólicas, cansaço, dor de cabeça e tontura.
Também pode mudar o padrão da menstruação, alterando seu volume e duração, e estimular a retenção de líquido, principalmente com o uso frequente.

A pílula do dia seguinte é contraindicada para lactantes porque a progesterona pode ser passada para o bebê. Gestantes, apesar de obviamente não precisarem, também entram no grupo de risco pelo mesmo motivo. Além disso, a medicação deve ser evitada por mulheres com sangramento íntimo anormal.

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